quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Religiosos apóiam resolução sobre a terminalidade da vida

Para dom Rafael Llano Cifuentes, presidente da Comissão para a Vida e a Família da CNBB, “a vida humana é um dom de Deus”.
“É algo sagrado, portanto, nós não podemos tirar nossas vidas. É algo que recebemos de forma gratuita e que não nos pertence. Temos que saber conservá-la. Contra a vida pode haver dois fenômenos trágicos: o suicídio e a eutanásia. A Igreja pensa que não é possível permitir a eutanásia, ou seja, a supressão da vida de pessoas doentes, deficientes ou moribundas. Tirar a vida das pessoas é algo inadmissível”.
No entanto, pondera: “É diferente a interrupção de procedimentos médicos onerosos, perigosos, extraordinários ou desproporcionais aos resultados esperados. A não- interrupção desses procedimentos pode ser legítima ‘obstinação terapêutica’. Para uma pessoa que está em estado terminal, o prolongamento artificial da vida pode ser interrompido. Não se quer desta maneira provocar a morte. Aceita-se não poder impedi-la. Ou seja, não se provoca a morte, mas sim deixa-se que ela chegue após se ter utilizado todos os meios ordinários para salvar a vida”. Ressalta, contudo, que “para tomar a decisão de retirar os mecanismos artificiais é preciso o consentimento do paciente ou daqueles que têm o direito legal de representá- lo”, conforme determina a resolução do CFM.

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