terça-feira, 2 de outubro de 2007

Desenvolvendo uma equipe de louvor...continuação

...continuação
NÃO DÊ DESCULPAS ESPIRITUAIS

Há alguns anos havia um “slogan” dos Computadores MacIntosh que dizia o seguinte: O fácil é difícil. O que o anúncio queria comunicar era que é difícil fazer algumas coisas complicadas parecerem fáceis. É o mesmo no que diz respeito a liderar a adoração. As pessoas vêem um Eddie Espinosa ou um Randy Butler e pensam: “Eu posso fazer isto também. Não parece ser difícil.” Eles não imaginam a realidade.Outros pensam que um bom líder de louvor nunca ensaia, mas simplesmente “flui com o Espírito.” A verdade é: Não é difícil responder a direção do Espírito, se você está musicalmente preparado. É fácil sentir-se desencorajado quando a banda não sabe o acorde correto na música ou até mesmo a letra. Se meu trabalho fosse somente “fluir” na adoração, haveriam tantos erros que certamente a banda não conseguiria adorar de coração.

DÊ PEQUENOS PASSOS

Talvez para alguns, elevar a qualidade de seu grupo pode significar simplesmente que você vai fazer uma lista das músicas que serão tocadas, distribuir uma cópia para cada membro da banda, então todos saberão em que direção seguir. Para outros, pode significar que você vai precisar gravar sua banda tocando e observar o envolvimento de cada instrumento, e analisar os sons e padrões de ritmos. Para outros pode significar que os vocalistas devem fazer aulas de canto, ou deverão ter ensaios separados.
Um recurso muito útil, que lhe dará uma idéia básica sobre arranjos em um contexto de equipe de louvor, é o vídeo “Dinâmicas para Equipes de Louvor” com Randy e Terry Butler, que brevemente estará disponível no Brasil através do Vineyard Music Brasil.

AS DIFICULDADES DOS ENSAIOS

Para que um ensaio seja um tempo produtivo, os membros da banda devem ser pontuais e estarem prontos para trabalhar duro. Eles devem ser rápidos ao receberem instruções do líder, contribuírem com novas idéias e então tentarem novamente aquele arranjo até que todos estejam prontos. Este processo envolve muitas repetições de pequenas partes de cada música, até que todos sintam-se preparados.
Não se engane sobre este assunto, um bom ensaio significa trabalho duro. Requer que todos estejam intensamente focalizados nos objetivos e tenham um espírito de cooperação. Todos devem dedicar-se mais quando a coisa começa a dar errado. Também têm que ter paciência quando um dos membros não consegue pegar sua parte, e por isso os outros têm que repassar a mesma parte várias vezes. Isto tudo faz parte de sermos uma equipe.

AUDIÇÃO PARA NOVOS MÚSICOS

Antes de vir para a Vineyard de Anaheim, eu nunca havia organizado uma audição formal para incluir novos músicos ao ministério de louvor. As igrejas nas quais estive sempre eram pequenas o suficiente para que eu pudesse avaliar a habilidade dos músicos de maneira mais informal. Mas a Vineyard de Anaheim é tão grande que eu sabia que haviam músicos escondidos nos bancos. Por isso eu comece com as audições, para que músicos pudessem participar e preencher espaços vagos nas equipes.
No início eu relutei contra a idéia das audições, porque eu sabia que teria de dizer “não” a algumas pessoas. Mas sem as audições eu nunca teria descoberto quem eram os músicos, nem qual era o nível de habilidade deles.
Este pode ser algo delicado na vida de uma igreja, porque um de nossos valores é incluir a todos. Mas se vamos concentrar nossos melhores esforços em facilitar a adoração congregacional, significa que devemos usar os melhore músicos neste processo. (Habilidade musical não é o único critério na escolha dos músicos; um caráter trabalhado por Deus e compromisso com a visão da igreja também é muito importante.)Uma banda de louvor é diferente de um coral no seguinte sentido: Em um coral há espaço para praticamente todas as pessoas que possam cantar razoavelmente bem. Em uma banda há poucas vagas disponíveis. Organizar bandas múltiplas inclui mais pessoas, porém alguns requisitos básicos de habilidade com o instrumento deveriam ser alcançados por todos. Este padrão pode ser diferente, dependendo do tamanho da igreja e da qualidade dos músicos disponíveis.
Quando acrescento novos membros a minha equipe, eu sempre faço com que eles passem por um período de teste. Meu primeiro passo normalmente é convidá-los para preencher a vaga de alguém que esteja viajando. (Isto pode até substituir o processo de audição). Se tenho quase certeza de que alguém tem o perfil para estar na equipe, eu não faço uma aceitação permanente. Eu explico que eu ou ele teremos a possibilidade de optar pela sua saída depois de três meses. A razão para um desligamento assim, seria incompatibilidade musical ou de personalidade, ou a impossibilidade de cumprir os compromissos da equipe (chegar na hora certa para os ensaios etc...).

O PROBLEMA QUANDO ENFATIZAMOS DEMAIS AS HABILIDADES MUSICAIS

O propósito de tocarmos com arte é elevar o nível da adoração de toda a igreja. Mas para alguns , o desenvolvimento de seus talentos musicais torna-se o alvo final, e não um meio que vai levar a um bem comum.
Eu já cometi o erro de colocar tanta energia no ensaio, que acabei ficando muito ansioso e cansado para estar sensível e poder entender a liderança do Espírito. Em uma ocasião, eu estava liderando o louvor em uma conferência de pastores. Eu ensaiei com a banda as músicas que havia escolhido até sentir que estávamos prontos para fazermos uma boa apresentação. Depois de tocarmos a primeira canção, um pensamento veio a minha mente: “Talvez você deveria fazer algo diferente do que foi planejado.”
Eu não dei atenção o suficiente para aquele pensamento, para entender se era Deus que estava falando comigo, porque eu estava determinado a usar aquelas canções que havíamos ensaiado! Naquele curto momento eu não consegui entender que Deus queria que eu abandonasse meus planos.Agora eu realmente acredito que era Deus falando comigo, porque os pastores não estavam conseguindo se aprofundar na adoração. Eu creio que se tivesse mudado o curso das coisas, incluído as músicas mais antigas, eles teriam entrado na adoração mais facilmente.
CONCLUSÃOA primeira e mais importante coisa é que somos líderes de louvor e não artistas. Se Deus estiver dizendo para virarmos à direita, onde tínhamos planejado virar à esquerda, deveríamos ser rápidos em responder suas ordens. Ele sabe muito melhor que nós quais são as melhores músicas para os diferentes momentos do culto.
Andy Park é o Diretor da Escola de adoração da Vineyard. Pastor de adoração e artes da Igreja Vineyard de Anaheim, e também serve como líder de louvor Sênior.

(Traduzido com permissão do V. M. Brasil por Antonio M. Souza Junior)

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